A relação entre médico e paciente é fundamental para o sucesso do tratamento e dos cuidados de saúde. Um dos principais pilares dessa relação é a comunicação adequada e transparente. Neste artigo, discutiremos a importância de informar os pacientes sobre procedimentos médicos, métodos alternativos e possíveis efeitos colaterais, além da necessidade de um termo de consentimento claro e acessível em linguagem leiga. Além disso, abordaremos a relevância de contratos bem explicativos para proteger ambas as partes envolvidas e o motivo de evitar conversas informais em plataformas como o WhatsApp.
Informar para empoderar:
Ao informar adequadamente os pacientes sobre os procedimentos médicos, os profissionais de saúde proporcionam mais confiança e tranquilidade aos indivíduos em tratamento. Quando os pacientes entendem o que será feito, são capazes de tomar decisões mais conscientes e participativas em relação à própria saúde. Além disso, a compreensão clara do processo pode reduzir a ansiedade associada a tratamentos desconhecidos.
Escolhendo o melhor caminho:
Cada paciente é único, e suas necessidades de tratamento podem variar. É importante que os médicos discutam com seus pacientes não apenas o procedimento proposto, mas também possíveis alternativas. Explorar diferentes abordagens terapêuticas permite ao paciente participar ativamente na escolha daquela que melhor se adequa às suas preferências e valores. Essa colaboração entre médico e paciente aumenta a adesão ao tratamento e a satisfação geral com os resultados.
Conhecendo os riscos:
Todo tratamento médico possui potenciais efeitos colaterais e riscos associados. É responsabilidade do médico informar de maneira clara e honesta sobre esses possíveis desdobramentos. A conscientização dos riscos permite que o paciente tome decisões informadas, ciente das consequências envolvidas. Além disso, essa transparência contribui para a construção de uma relação de confiança entre médico e paciente.
O papel do termo de consentimento:
Para garantir a compreensão e o consentimento informado do paciente, é essencial criar um termo de consentimento explicativo. Esse documento legal deve detalhar o procedimento, os riscos envolvidos e a expressão voluntária do paciente concordando com o tratamento proposto. É imprescindível redigir o termo de consentimento em linguagem clara e acessível, de modo que mesmo um paciente leigo possa entender os detalhes do tratamento e os potenciais desafios associados.
Contratos para proteção mútua:
Em casos de procedimentos médicos mais complexos ou tratamentos de longo prazo, a utilização de contratos bem explicativos é uma prática recomendada. Esses contratos estabelecem os termos e condições do tratamento, protegendo tanto o médico quanto o paciente. A clareza na redação evita ambiguidades e garante que ambas as partes estejam cientes de suas responsabilidades, prevenindo problemas futuros e litígios desnecessários.
Evitando conversas informais no WhatsApp:
Embora a tecnologia tenha facilitado a comunicação em muitos aspectos, é importante lembrar que questões de saúde devem ser tratadas com a devida seriedade. Conversas informais via WhatsApp ou outras plataformas não formais podem levar a mal-entendidos e falta de registro adequado das informações compartilhadas. Para garantir um ambiente seguro e profissional, as informações importantes devem ser comunicadas em ambientes formais, como consultas presenciais ou por meio de comunicações oficiais.
Em resumo, comunicação adequada entre médico e paciente é essencial para estabelecer uma relação de confiança e garantir que o paciente esteja bem-informado para tomar decisões sobre sua saúde. Informar sobre procedimentos, métodos alternativos, efeitos colaterais e obter um consentimento claro e bem documentado são medidas cruciais para garantir a segurança e a satisfação do paciente. Além disso, contratos bem explicativos e evitar conversas informais em plataformas não formais são medidas importantes para proteger tanto o médico quanto o paciente, garantindo uma jornada de tratamento bem-sucedida e ética.
Breno Alegria, é fundador do escritório Breno Alegria Advocacia e Consultoria, e advogado especialista em Direito Médico e Odontológico.